Como lidar com a rejeição

 

A rejeição faz parte da vida. Desde cedo, buscamos ser aceitos, fazer parte de um grupo, sentir que pertencemos a algum lugar. Quando isso não acontece, a dor pode ser tão forte que chega a se confundir com dor física.

Mas por que sentimos tanto? Porque ser aceito sempre foi uma questão de sobrevivência para o ser humano.

Hoje não precisamos mais da tribo para caçar ou nos proteger, mas ainda carregamos esse medo no coração.

A rejeição que vem de nós mesmos

Muitas vezes não é o outro que nos rejeita, mas nós que nos colocamos para baixo. Quando deixamos de expressar nossa opinião, quando escondemos quem realmente somos por medo do julgamento, estamos nos rejeitando.

E o pior: perdemos a chance de mostrar o que temos de mais bonito e verdadeiro.

Como lidar com esse sentimento?

Aceite a dor

Sentir tristeza é natural, não precisa fingir que não doeu.

Evite se amargar

Reagir com grosseria ou agressividade só aumenta o afastamento.

Seja gentil

Com os outros e, principalmente, consigo mesmo.

Reflita sobre seu papel

Pergunte-se se não está repetindo padrões que não ajudam. Pequenos ajustes de comportamento, sem abrir mão dos seus valores, podem transformar as relações.

Permita-se recomeçar

Depois do luto, volte a olhar para as oportunidades que a vida oferece. A vida segue e reserva encontros significativos para quem se abre novamente.

 

Se a rejeição tem trazido dor e insegurança, buscar ajuda de um psiquiatra pode abrir caminhos para lidar com esse sentimento de forma mais saudável.

 

Perguntas que surgiram no vídeo

Como saber se é rejeição ou apenas carência?

Pequenas frustrações acontecem sempre, mas se isso se repete e você insiste nas mesmas estratégias sem resultado, talvez seja hora de mudar a forma de agir e deixar de insistir em caminhos que não trazem retorno.

E quando a rejeição vem dos pais?

No caso dos adolescentes, pode ser mais saudável guardar alguns sentimentos e esperar a hora de conquistar sua independência.

Já na vida adulta, o caminho é se apoiar em seus valores e continuar sendo uma pessoa boa, mesmo que o reconhecimento demore a vir.

Como recuperar a autoestima?

Aceite que doeu, mas não coloque toda a culpa em você. A rejeição não significa que você não tem valor, apenas que naquele momento não havia sintonia.

Desencontros fazem parte da vida, e cada um deles aumenta sua maturidade para aproveitar os bons encontros que virão.

Um convite à reflexão

A rejeição machuca, mas não precisa definir quem você é. Cada “não” que recebemos pode ser um convite para olhar para dentro, fortalecer a autoestima e abrir espaço para novas conexões.

Afinal, a vida sempre nos reserva encontros significativos quando estamos dispostos a seguir em frente.

dr fabio fonseca psiquiatra campinas perfil profissional

Sobre o autor:

Dr. Fábio Fonseca

Dr. Fábio Martins Fonseca é psiquiatra e psicoterapeuta com mais de 20 anos de experiência. Possui formação pela Unicamp e aperfeiçoamento internacional em Terapia Cognitivo‑Comportamental no Beck Institute (Filadélfia). É membro certificado da Academy of Cognitive Therapy, com especialização em DBT pelo Linehan Institute (Seattle) e formação em Entrevista Motivacional (UNIFESP). Atua com cuidado humanizado e baseado em evidências.

Vamos caminhar juntos em direção a uma saúde mental mais equilibrada e satisfatória.

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